Ansiedade

A cada dia, a ansiedade tem se tornado um dos temas de maior motivação pela procura das pessoas por atendimento psicológico. Haja vista, sua prevalência no país, que de acordo com a Organização mundial de saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo, que atualmente afeta mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população).

Os sintomas de ansiedade tiveram aumento de 80% desde o início da pandemia de acordo com pesquisa feita no país pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ. O transtorno de ansiedade é um problema de saúde pública e é marcado por sintomas físicos e psicológicos.

A ansiedade, portanto, seria compreendida como estados emocionais desprazerosos, relativos ao futuro e que possuem ligação com outra emoção, o medo. Por vezes, este estado emocional é desproporcional com a real ameaça e com o desconforto somático apresentado (Bravin e Rangel de – Farias, 2010).

Este estado de desconforto é comumente descrito pelos clientes durante as sessões de terapia por sensações como: “frio na barriga”, “coração apertado ou acelerado”, “nó na garganta”, “mãos suadas”,e é, além disso, sentido como “paralisante e/ou incapacitante”.

Ansiedade

De acordo com Banaco e Zamignani, (2004) a ansiedade define-se enquanto fenômeno clínico quando implica em um comprometimento ocupacional do indivíduo, impedindo o andamento de suas atividades profissionais, sociais e acadêmicas. Também quando envolve um grau de sofrimento considerado significativo e quando as respostas de evitação e eliminação dos desconfortos ocuparem um tempo considerável do dia.

Em virtude do aumento dos níveis de ansiedade, o brasileiro tem buscado recursos para aliviarem o sofrimento bem como uso de álcool, drogas e outros medicamentos controlados, cujas vendas dos medicamentos tarja preta aumentaram em alguns casos até 80%, sendo que o Brasil segundo pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é o maior consumidor de Rivotril (Clonazepam) do mundo.

Diante deste cenário de aumento dos transtornos de ansiedade, os prejuízos na qualidade de vida do brasileiro são imensos, tanto na relação familiar, social, na vida acadêmica e/ou estudos, como no rendimento profissional.

Frente a isso, um recurso que promove melhora e maior qualidade de vida e que se mostra uma alternativa eficaz, no cuidado dos quadros ligados a ansiedade é a psicoterapia.

A psicoterapia com abordagem Analítico-Comportamental, tem apresentado resultados consideravelmente positivos, em virtude da ampla gama de ferramentas e intervenções que ajudam o cliente a aprender a ter mais controle sobre os sintomas, pois em parceria, terapeuta e cliente trabalham em busca de uma análise ampla a respeito dos comportamentos problemas do cliente durante todo o processo psicoterapêutico, mas acima de tudo, a psicoterapia auxilia no processo de transformação do seu jeito de agir e de se relacionar consigo mesmo e com o mundo diante das mais variadas situações ansiogênicas.

Referências
Banaco, R. A. & Zamignani, D. R. Um Panorama Analítico-Comportamental sobre os
Transtornos de Ansiedade. Santo André: ESETec ,2004.
Bravin, A. A. & Rangel de-Farias, A.K.C. Análise Comportamental do Transtorno de
Ansiedade Generalizada (TAG). In: Analise comportamental clinica: aspectos teóricos e
estudo de casos. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Rangel, de-Farias, A.K.C. (Org.) Teoria e Formulação de Casos em Análise
Comportamental Clínica. Porto Alegre: Artmed, 2018.