As inúmeras atribuições da vida nos dias atuais têm sido considerável fonte de estresse para o ser humano. Com relação as definições existentes referentes ao termo estresse, verifica-se, que muitas delas a compreendem em torno dos estímulos que ameaçam ou desafiam o organismo (Sisto et al, 2021).

Deste modo, de acordo com a Biblioteca virtual de saúde – (BVS – MS) se trata de uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais, que por vezes podem ser fortemente intensas e desconfortáveis aos indivíduos.

Assim, em diversas situações e ambientes podem aparecer reações de estresse, resultantes de variáveis familiares, pessoais, escolares, laborais, de saúde, sociais, bem como pressões para cumprir prazos, pagar contas, cuidar dos filhos, dentre tantas outras.

Todas estas situações estressantes fazem com que o corpo se mantenha em um estado de alerta permanente e tensão, como se estivéssemos enfrentando uma verdadeira situação de apreensão.

A longo prazo, esse processo interfere no funcionamento adequado do organismo e pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico e ao desenvolvimento de diversas doenças, como as do coração, obesidade, depressão entre tantas outras (BVS – MS).

Para o analista do comportamento, as variáveis envolvidas no desenvolvimento e manutenção de transtornos desadaptativos se encontram no ambiente imediato e na história ambiental do indivíduo. Portanto, os eventos estressores são analisados de acordo com essa história e com as circunstâncias presentes na vida da pessoa. “A sensibilidade às condições geradoras de estresse diferencia-se de acordo com a condição genética do indivíduo e, principalmente, de sua história ambiental” (Coelho, 1998).

Buscar discriminar que os níveis de estresse estão sendo prejudiciais para nossa saúde é importante, porém nem sempre é tarefa fácil. Contudo, podemos recorrer a psicoterapia para nos ajudar a lidar com os desconfortos sentidos no dia a dia e assim reduzirmos as fontes estressoras ou criarmos estratégias de enfrentamento mais coerentes que nos ajudarão a gerenciar todo e qualquer nível de alerta e tensão com relação ao estresse, o que por consequência trará uma melhor condição de vida para os clientes e seus familiares.

Referências
Coelho, M. E. C. Estresse, eventos vitais e coping sob enfoque analítico-comportamental.
Monografia não-publicada, Universidade Estadual de Londrina (1998).
Sisto, F. F. et al . Análise Fatorial da Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho
(EVENT). Psicol. Am. Lat., México, n.15,dez. 2008. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-
350X2008000400011&lng=pt&nrm=iso
.Acesso em 21 jul. 2021.