Depressão Menina infeliz na chuva. Mulher triste sentada no parque chuvoso ao ar livre. Depressão, estresse, solidão.

A depressão é uma condição de saúde grave que tem se tornado cada vez mais comum na atualidade. Afeta negativamente como a pessoa se sente, pensa e como age. Por se tratar de um fenômeno complexo, envolve múltiplos fatores e se manifesta de diferentes maneiras; provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer e satisfação (Curado & Natalino, 2018).

Segundo dados da Organização mundial de saúde – (OMS), é uma condição que pode acarretar uma ampla variedade de problemáticas emocionais, físicas e ainda gerar diminuição da capacidade que uma pessoa tem em manter suas atividades normais no trabalho, nos estudos e em casa. É uma das doenças que mais afasta as pessoas no mercado de trabalho.

De acordo com as informações obtidas pela previdência social, em 2016, 75,3 mil trabalhadores brasileiros foram afastados de suas atividades por causa da depressão, com direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes. A depressão é uma condição estigmatizada à medida que é relacionada a declínio, loucura, incapacidade ou preguiça (Moreira & Telles, 2008).

No Brasil, de acordo com os dados do IBGE, 10,2% da população sofre com a depressão, que afeta um total de 16,3 milhões de brasileiros. Ou seja, segundo a OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Desde o início da crise sanitária (covid -19) em 2020 a prevalência da depressão dobrou entre os brasileiros na quarentena de acordo com a pesquisa feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – Uerj.

O brasileiro está sofrendo e diante disso tem feito mais uso de álcool, drogas e medicamentos controlados, o que em alguns casos chegam a trazer mais danos do que benefícios aos que se valem deles, pois são muitos os efeitos colaterais como: ganho de peso, insônia, disfunções sexuais, náuseas, anorexia; dependência, problemas nos figado nos rins e resistência a medicamentos, o que acaba favorecendo o surgimento de doenças crônicas (Pubmed).

No brasil 40% dos pacientes que se submetem ao tratamento para a depressão, não respondem mais à medicação, ou seja mesmo com a medicação não sentem melhora nenhuma, de acordo o ambulatório de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Entender as variações comportamentais observadas nos clientes depressivos implica necessariamente na investigação das variáveis que estariam instalando e mantendo os sentimentos de disforia (depressão) ao longo da história do indivíduo, o que seria alcançado com a especificação das circunstâncias “depressoras” (Abreu, 2006).

Mediante a este cenário, um recurso que se mostra eficaz é a psicoterapia, pois neste espaço o cliente encontra meios de enfrentar e lidar com esta doença que lhe ajudam a produzir mais satisfação, bem estar e qualidade de vida.

A psicoterapia com enfoque Cognitivo Comportamental parte de uma robusta gama de
ferramentas de análise para entender os contextos em que os repertórios depressivos
aparecem
e, a partir disso, arquiteta possibilidades de intervenções clínicas extremamente eficazes aos que dela se beneficiam.

Referências
Abreu, P. R. Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada? Arch. Clin. Psychiatry (São Paulo) 33 (6), 2006.
Curado, E. M. & Natalino, P. C. Envelhecimento e depressão: uma perspectiva analítico-comportamental In: Rangel, de-Farias, A.K.C. (Org.) Teoria e Formulação de Casos em Análise Comportamental Clínica. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Moreira, V. & Teles, C. B. Experiências do estigma da depressão: Um estudo transcultural.
Psico – USF,13(2), 2008.