Mas, o que isso quer dizer? Quer dizer que não há soluções prontas às queixas dos pacientes, mas sim, um trabalho que envolve disposição e dedicação do paciente junto ao psicoterapeuta e não somente do profissional que conduzirá os atendimentos.
O processo leva um tempo que varia de pessoa para pessoa, contudo, é muito eficaz na melhora de inúmeras questões, como ansiedade, depressão, entre tantos outros transtornos.
Dito isso, é válido ressaltar que a função do profissional enquanto psicoterapeuta não é resolver os problemas das pessoas que os procuram. O papel do psicólogo é ainda maior do que solucionador de conflitos, pois, ajuda o paciente a identificar suas dificuldades e desenvolver repertórios que são necessários possuir para que possa resolver as problemáticas por si só.
Deste modo, o psicoterapeuta não vai tomar as decisões importantes da vida do paciente por ele, tão pouco dizer o que deve fazer, pois, isso impediria o desenvolvimento de habilidades de autonomia para as inúmeras tomadas de decisões necessárias que esta pessoa terá ao longo da vida, em seus mais variados ambientes de atuação, quer seja no trabalho, nas interações amorosas, amistosas, acadêmicas ou familiares.
Isso quer dizer então, que a psicoterapia não é voltada apenas para um resultado específico, mas sim, direcionada para o desenvolvimento da pessoa para que esta tenha repertórios mais amplos e possa responder de modo assertivo ao meio em que vive e nas mais diversas situações.
Na construção do caso, ou seja ao longo do processo psicoterapêutico o psicólogo ajudará o paciente a desenvolver habilidades que com certeza produzirá repertórios mais eficazes e resultados mais satisfatórios como consequências, o que pode ser compreendido como produto de todo o trabalho desenvolvido.
Com a psicoterapia, o paciente conseguirá aprender a discriminar sobre situações em sua vida que estão produzindo desconfortos ou situações aversivas, para melhor lidar com elas ou até mesmo evitar possíveis cenários que lhe gerem algum sofrimento, conseguindo assim estabelecer limites que possam ser interessantes e mais saudáveis em suas relações.
Portanto, o processo da psicoterapia será de identificar os aspectos e habilidades que o paciente precisa desenvolver, para que assim, juntos (terapeuta e cliente) possam criar estratégias de enfrentamento possíveis e cabíveis ao seu cotidiano, sem pular etapas ou prometer soluções prontas como mágicas, mas, sim garantindo uma evolução eficaz a médio e longo prazo, sempre respeitando é claro, o tempo e evolução individuais de cada um dos pacientes.